terça-feira, 10 de novembro de 2015

Conectadas: troca de ideias com a artista visual Nádja Kristhina! :3 =^^=


Nádja Kristhina, artista visual de Manaus, contou pra nós o que a inspira e dá dicas de como começar seu próprio trabalho como artista! 

Tá curiosa? Chega mais!


Quem deu um rolê na nossa nave dessa vez foi Nádja Kristhina, 24 anos, que é uma artista muito daora de Manaus e que achamos que vocês também iam curtir. Suas pinturas retraram na maioria das vezes menininhas cheias de personalidade, com muita diversidade e estilo, e também gosta de misturar frases e palavras, sua arte tem muita influência do Pop Surrealismo. Nádja nasceu em Recife/PE, onde morou por 3 anos, e depois foi morar no Rio de Janeiro, onde cresceu, e teve seu primeiro contato com as Artes Visuais. Em 2010 mudou-se para Manaus/AM, onde atualmente vive e estuda Artes Visuais na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).



Marciana: Qual foi o seu primeiro contato com as Artes Visuais?

NÁDJA: Acho que o meu primeiro contato foi na faculdade mesmo, quando eu entrei na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). E aí eu comecei a trabalhar e todo dia viver com arte. Antes disso eu não tinha ido a uma galeria, nem a uma exposição, nem nada. Foi a partir daí mesmo que a minha vida começou, eu tinha 17 anos, e foi com 17 anos que eu comecei a desenhar.

Marciana: E você fazia o que na UFRJ?

NÁDJA: Eu fazia Artes Visuais com habilidade em Desenho Técnico.

Marciana: E o que fez você escolher este curso?

NÁDJA:Eu gosto muito de Geometria. Eu gosto de Matemática, mas da parte da Geometria. E gosto de Artes! E eu queria fazer esse curso porque eu achava que Desenho Técnico era uma coisa incrível. (risos)

Marciana: E você saiu um pouco dessa linha do Desenho Técnico, né? Agora você trabalha mais com desenhos de menininhas... Você pode falar um pouco sobre isso com a gente? Como surgiu essa inspiração, e quando você começou a desenhá-las?


NÁDJA: Isso começou tudo em 2013, quando eu queria começar a fazer meus trabalhos da UFAM, tudo o que eu fazia era pra UFAM, tudo o que eu fazia era exercício, era porque o professor pediu... Então eu queria começar a fazer uma linha só minha. Descobrir minha identidade, descobrir o meu “eu”. E aí nessa época eu tava super pobre, não tinha material, não tinha dinheiro pra comprar tela, nem pra comprar nada. Mas eu tinha algumas tintas em casa.... E comecei a aproveitar pedaços de madeira e pintar coisas que eu sentia vontade e achava bonito, que era tipo menininhas fazendo coisas.. E comecei a querer vender essa arte, expor...


Consegui expor logo no primeiro ano que eu descobri a minha identidade. Foi muito bom pra mim. As pessoas me elogiavam, gostavam, e isso me motivava. E por isso estou fazendo até hoje, e estou gostando bastante...

Marciana: E você já participou de muitas exposições? Já teve exposições individuais?

NÁDJA: Eu nunca tive uma individual. Acho que no máximo foi em dupla. Eu fiz uma exposição com a Samatha Karlia no ArteFato [casa de shows de Manaus], na época da Copa [do Mundo, em 2014], foi muito legal, muita gente foi lá. Depois disso a gente deu entrevista pra TV, entrevista pro jornal, saiu no jornal, foi super legal.
Durante a minha vida eu fiz 10 exposições. Nenhuma delas foi individual, mas acho que essa com a Samantha pra foi a mais especial pra mim, porque deu pra ver que as pessoas estavam gostando.



Marciana: E o que te motiva? O que te inspira?

NÁDJA: Um estilo novo da Califórnia, eu acho, chamado Pop Surrealismo. Eu acho tudo muito lindo. Só colocar essa palavra na internet e vai aparecer pinturas lindas, coisas doidas, coisas fofas, que ao mesmo tempo são bizarras, ou assustadoras, e eu gosto muito desse estilo, e eu acho que é esse estilo que me inspira.








Marciana: E existem mulheres que te inspiram?

NÁDJA: No ano passado eu comecei a descobrir mais sobre Feminismo. Conheci uma menina que foi muito especial pra mim porque ela me ensinou várias coisas sobre o Feminismo, que foi a Ana Pas, a Kato, que também é uma artista de Manaus, e ela me ensinou varias coisas. Eu, de verdade, depois de conhecer essas coisas mudei bastante. E mudei algumas coisas que eu fazia também, em relação à arte.
Mudou que eu me sinto mais poderosa. Eu sinto que eu posso fazer tudo. Pra mim essa mulher que me inspirou foi essa minha amiga, diretamente, porque a partir dela eu conheci meninas do Brasil inteiro e elas me ensinaram muitas coisas, e foram muito legais comigo, e o Feminismo agora está presente na minha vida.

Marciana: E que conselho você daria pras meninas que tem vontade de pintar também, tem vontade de ser artista? Como começar? Que dica você daria?

NÁDJA: Eu acho que tem que se jogar mesmo. Tipo... quer fazer? A arte não é essa coisa de dom, não. Arte é exercício. É só você exercitar, exercitar muitas vezes, que quando você tiver gostando da sua arte, as outras pessoas também vão gostar, porque ela vai estar legal.


O que as pessoas deveriam fazer... Por exemplo: a primeira vez que eu expus o tipo de trabalho que eu faço hoje em dia, eu peguei um trabalho, fui no lugar, e falei pra pessoa: “eu queria expor aqui nesse lugar”, e mostrei a pintura. E ele falou: “mês que vem”. (Risos) E eu fiquei super feliz! Então... se joga! Não tem vergonha, pega seu trabalho, mostra, sai por aí... Que dá certo!



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